Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
Lispector, C .(1969). Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres.
Sou feita toda de palavras. Não as faladas. As escritas! Porque falando eu sempre me embaraço de timidez, perco a eloquência e esqueço detalhes importantes. Me sinto não como um ser humano real, mas como personagem de livro, com atitudes inequívocas e inevitávelmente literárias.
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