domingo, 5 de julho de 2009

A morte completa o mito

Cheguei de não sei onde e entrei pela porta da cozinha, quando minha mãe gritou da sala: "Tenho uma bomba!". Minha irmã correu pra me encontrar ainda lá. Ansiosa, não esperou minha mãe contar: "Michael Jackson morreu". Comecei a rir. "Ah, nem vem! Michael Jackson é imorrível*!", brinquei. Fui pra sala e os noticiários confirmaram o fato. Fiquei estupefata, claro. Como pra muitas pessoas, Michael Jackson foi uma figura marcante na minha vida. Me lembro de quando criança escutar a black or white constantemente, me recordo de ficar confusa ao descobrir que o rapaz branco havia sido uma criança negra, e claro, me lembro do meu pai brincando de fazer moonwalk, imitando-o. Michael sempre foi inspirador! Grande músico, grande dançarino, um grande cara! Michael em suas atuações na tv e nos shows sempre me lembrou de outro homem grande: Charles Chaplin. Fugindo de mais comparações, Jackson foi uma criança prodígio que acabou se transformando no lendário Rei do Pop. Vendeu mais de 750 milhões de discos (mais que qualquer outro artista), ganhou o total de 25 grammys em toda sua carreira, entrou duas vezes pro Rock and Roll Hall of Fame e deu as caras oito vezes no Guiness Book, sendo uma delas por maior contribuição pra caridade já feita no mundo. Entre elas, Michael uniu artistas que jamais pisariam num mesmo solo pra erguer fundos pra combater a fome na África, doou seu cachê do comercial da Pepsi, estimado em 1,5 milhões de dólares pra ajudar crianças com queimaduras e muitas outras coisas. Excêntrico e problemático, Michael Jackson causava polêmica em tudo que fazia. Foi rotulado de homossexual, anti-semita, racista, pedófilo e sabe lá Deus o quê mais! Suas músicas são verdadeiros desabafos, no qual nos mostram claramente que ele já estava de saco cheio disso tudo. Todos queriam sempre um pedaço dele, e foi de pedaço em pedaço que sua vida acabou se esvaindo. Mas como disse algum sábio por aí - A morte completa o mito! Michael está bem agora, longe de todas as acusações e das maldades do qual foi vítima. Nós é quem perdemos um cara incrível, um artista completo. R.I.P MJ!

*Neologismo irônico para imortal.

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