segunda-feira, 6 de julho de 2009

O pedreiro do chapéu-coco

Qualquer assunto que envolva música é algo que realmente tem a ver comigo. Quando se trata de música nacional então, me derreto. Sou apaixonada pelos velhos sambas de raíz e pela serenidade das bossas.
Do morro da Mangueira surgiu o samba que se popularizou nos anos 30, vindo do moço que aos 15 anos de idade abandonou os estudos para se tornar pedreiro e ingressar no mundo da boemia, da malandragem e do samba. O rapaz, que se chamava Agenor de Oliveira, trabalhava sob o sol constantemente, e para se proteger, usava um chapéu-coco, que foi o motivo para os colegas lhe apelidarem de Cartola. Junto com os amigos sambistas fundou a Estação Primeira da Mangueira, que ganhou as cores verde-rosa por escolha do próprio Cartola. Após alguns anos, o sambista desapareceu, levando algumas pessoas a acreditarem que já estava morto. Anos mais tarde, o jornalista Sérgio Porto encontrou Cartola em Ipanema lavando carros e o colocou novamente no cenário musical. Da Mangueira, o velho malandro mudou-se para Jacarepaguá, onde viveu até sua morte em 1980. O garoto pobre nascido no Catete, aprendeu a tocar sozinho e se tornou uma lenda da música brasileira. De suas obras geniais, deixo aqui seu triste samba, O mundo é um moinho.

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