Hoje eu não consegui dormir. Dormir? Esses pequenos pedaços de morte. Como os odeio! Mas talvez eu já esteja literalmente morta. Pior ainda é pensar que talvez eu esteja literalmente viva. Mas enfim, vim para desejar-lhes um bom dia, sim? Comam carne, leiam, façam exercícios físicos. Mas não se apaixonem, viu? Que o amor é algo doentio! Meu Deus, onde já se viu...ver resplandecer uma luz atrás de alguém, igual a quem se vê em todo lugar. Você não é especial. Amor, não me leve a mal, que o meu cinismo é fruto do meu pessimismo natural. E eu não me envergonho que às vezes eu mude de opinião, perdão, se a minha constante inconstância lhe causa confusão.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Acontece
aí não havia ninguém
e ninguém entrou, sentou-se numa cadeira
e transcorreu comigo, ninguém.
Nunca me esquecerei daquela ausência
que entrava como Pedro por sua causa
e me satisfazia com o não ser,
com um vazio aberto a tudo.
Ninguém me interrogou sem dizer nada
e contestei sem ver e sem falar.
Que entrevista espaçosa e especial!
Pablo Neruda (Últimos Poemas)
e ninguém entrou, sentou-se numa cadeira
e transcorreu comigo, ninguém.
Nunca me esquecerei daquela ausência
que entrava como Pedro por sua causa
e me satisfazia com o não ser,
com um vazio aberto a tudo.
Ninguém me interrogou sem dizer nada
e contestei sem ver e sem falar.
Que entrevista espaçosa e especial!
Pablo Neruda (Últimos Poemas)
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